sábado, 21 de maio de 2011


Grande Amor

Grande amor, grande amor, grande mistério 
Que as nossas almas trêmulas enlaça... 
Céu que nos beija, céu que nos abraça 
Num abismo de luz profundo e sério. 
Eterno espasmo de um desejo etéreo 
E bálsamo dos bálsamos da graça, 
Chama secreta que nas almas passa 
E deixa nelas um clarão sidéreo. 
Cântico de anjos e de arcanjos vagos 
Junto às águas sonâmbulas de lagos, 
Sob as claras estrelas desprendido... 
Selo perpétuo, puro e peregrino 
Que prende as almas num igual destino, 
Num beijo fecundado num gemido.

Cruz e Souza