A Serenata
Uma noite de lua pálida e gerânios
ele virá com a boca e mão incríveis
tocar flauta no jardin.
Estou no começo do meu desespero
e só vejo dois caminhos:
ou viro doida ou santa.
Eu que rejeito e exprobo
o que não for natural como sangue e veias
descubro que estou chorando todo dia,
os cabelos entristecidos,
a pele assaltada de indecisão.
Quando ele vier, porque é certo que vem,
de que modo vou chegar ao balcão sem juventude?
A lua, os gerânios e ele serão os mesmos
- só a mulher entre as coisas envelhece.
De que modo vou abrir a janela,se não for doida?
Como a fecharei, se não for santa?
Adélia Prado
Amiga Jacque, preciosa poesía.
ResponderExcluirEn la vida nada es bueno o es malo; todo necesita su tiempo; a todo le llega su momento, no hace falta ser santa.
Preciosa amiga, gracias por compartir, pero no hagas sufrir a tu corazón presentándole esos poemas que duelen muy dentro.
Gracias mi amiga por compartir tanta belleza.
Jecego
Jacque!
ResponderExcluirQue lindo este poema da Adélia Prado... muito intenso!
Bjs.