A Mulher
Se é clara a luz desta vermelha margem
é porque dela se ergue uma figura nua
e o silêncio é recente e todavia antigo
enquanto se penteia na sombra da folhagem.
Que longe é ver tão perto o centro da frescura
e as linhas calmas e as brisas sossegadas!
O que ela pensa é só vagar, um ser só espaço
que no umbigo principia e fulge em transparência.
Numa deriva imóvel, o seu hálito é o tempo
que em espiral circula ao ritmo da origem.
Ela é a amante que concebe o ser no seu ouvido, na corola
do vento. Osmose branca, embriaguez vertiginosa.
O seu sorriso é a distância fluida, a sutileza do ar.
Quase dorme no suave clamor e se dissipa
e nasce do esquecimento como um sopro indivisível.
António Ramos Rosa
lindo! gostei muito.
ResponderExcluircomo são maravilhosas as fadas e seu mundo,tudo tão misterioso cheios de brilhos, poesia,e sons enebriantes,cores e um perfume delicioso que nos leva a sonhar,flutuar em meio a bosques cheios de magia acredito neste mundo ireal.
bjs .
Hola Jacque, siempre nos alegras la vista presentando un poema precioso. Tus elecciones son muy buenas.
ResponderExcluirMuchos besos.
Jacque amiga que felicidade poder leer outra vez suas lindas entradas amiga... como esta linda de verdade que o coracao agradece amiga
ResponderExcluirabracos
otima semana
saludos
Jacque, António Ramos Rosa rendeu uma belíssima homenagem às mulheres. Parabéns por sua postagem! Obrigado por seu carinho e atenção ao meu blog, ao meu perfil. [sorrio]. Você é muito gentil! Abraço!
ResponderExcluir