Devo-te
Devo-te tanto como um pássaro
deve o seu voo à lavada
planície do céu.
Devo-te a forma
novíssima de olhar
teu corpo onde às vezes
desce o pudor o silêncio
de uma pálpebra mais nada.
Devo-te o ritmo
de peixe na palavra,
a genesíaca, doce
violência dos sentidos;
esta tinta de sol
sobre o papel de silêncio
das coisas - estes versos
doces, curtos, de abelhas
transportando o pólen
levíssimo do dia;
estas formigas na sombra
da própria pressa e entrando
todas em fila no tempo:
com uma pergunta frágil
nas antenas, um recado invisível, o peso
que as deixa ser e esquece;
e a tua voz que compunha
uma casa, uma rosa
a toda a volta - ó meu amor vieste
rasgar um sol das minhas mãos!
Vítor Matos e Sá
jacque amiga Belisimas letras emocao e sientimento puro nace de um coracao que mostra seu sentir en letras lindas.....
ResponderExcluirsaludos
otimo fim de semana
abracos
Amiga, el sol dejará para siempre una rosa en tus manos. Porque tus letras son un jardín, gracias por compartir su perfume. Un abrazo, Jecego.
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