segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011


Correspondências

A natureza é um templo augusto, singular, 
Que a gente ouve exprimir em língua misteriosa; 
Um bosque simbolista onde a árvore frondosa 
Vê passar os mortais, e segue-os com o olhar. 

Como distintos sons que ao longe vão perder-se, 
Formando uma só voz, de uma rara unidade, 
Tem vasta como a noite a claridade, 
Sons, perfumes e cor logram corresponder-se 

Há perfumes sutis de carnes virginais, 
Doces como o oboé, verdes como o alecrim, 
E outros, de corrupção, ricos e triunfais 

Como o âmbar e o musgo, o incenso e o benjoim, 
Entoando o louvor dos arroubos ideais, 
Com a larga expansão das notas de um clarim. 

Charles Baudelaire

4 comentários:

  1. Cada vez que venho aqui me encanto mais com suas fadinhas e o jeito como voce consegue tantas poesias lindas
    com carinho MOnica

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  2. Jacque
    Onde está a fada Sininho mesmo?
    Não a encontrei.
    com carinho Monica

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  3. Jacque
    E mesmo. é a fadinha Sininho. Ela está com o pó magico na mão.
    E é linda!
    Acabei de trocar o meu CVD que tinha estragado.
    Vou pegar o filme infantil pra ver de novo.
    Pena que ela não ficou com o Peter Pan.
    Eu sempre torci por ela.
    E tinha um outro filme de fadinha com pessoas de verdade, mas nunca mais eu vi, e não lembro o nome. era uma história linda!
    com carinho Monica

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  4. Que lindo Amiga! Baudelaire soube usar bem os perfumes (rsss).
    Bjs.

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