À Beleza
Não tens corpo, nem pátria, nem família,
Não te curvas ao jugo dos tiranos.
Não tens preço na terra dos humanos,
Nem o tempo te rói.
És a essência dos anos,
O que vem e o que foi.
És a carne dos deuses,
O sorriso das pedras,
E a candura do instinto.
És aquele alimento
De quem, farto de pão, anda faminto.
És a graça da vida em toda a parte,
Ou em arte,
Ou em simples verdade.
És o cravo vermelho,
Ou a moça no espelho,
Que depois de te ver se persuade.
És um verso perfeito
Que traz consigo a força do que diz.
És o jeito
Que tem, antes de mestre, o aprendiz.
És a beleza, enfim. És o teu nome.
Um milagre, uma luz, uma harmonia,
Uma linha sem traço...
Mas sem corpo, sem pátria e sem família,
Tudo repousa em paz no teu regaço.
Miguel Torga
olá! estou sempre por aqui, escondida entre as fadas do teu jardim apreciando as tuas poesias,tão lindas.
ResponderExcluirbjs
Otro lindo poema nos dejas el día hoy, querida Jacque.
ResponderExcluirSaludos cordiales.
a beleza por ela mesma esta no amor na vida no amor de se mostrar sincera sempre a toda hora real....
ResponderExcluirsaludos
abracos de coracao
otima semana
Jacque
ResponderExcluirO poema de Miguel Torga é maravilhoso. A tua sensilidade, ao escolhê-lo fica mais uma vez demonstrada, se ainda fosse necessário.
Beijos
A belkeza do escritor mIguel é singular. Para cada um a beleza tem um tom diferente.
ResponderExcluirCuidemos das nossa belezas unicas.
com carinho MOnica