terça-feira, 9 de agosto de 2011


Soneto de amor

Não me peças palavras, nem baladas, 
Nem expressões, nem alma... Abre-me o seio, 
Deixa cair as pálpebras pesadas, 
E entre os seios me apertes sem receio. 

Na tua boca sob a minha, ao meio, 
Nossas línguas se busquem, desvairadas... 
E que os meus flancos nus vibrem no enleio 
Das tuas pernas ágeis e delgadas. 

E em duas bocas uma língua..., — unidos, 
Nós trocaremos beijos e gemidos, 
Sentindo o nosso sangue misturar-se. 

Depois... — abre os teus olhos, minha amada! 
Enterra-os bem nos meus; não digas nada... 
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce! 

José Régio

5 comentários:

  1. Jacque
    Poemas de amor é lindo e divino.
    com carinho MOnica

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  2. Linda escolha o soneto de José Régio. Sonetos são sempre lindos e de amor ainda mais. Adorei. Beijos com carinho

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  3. Ainda me encontro de férias,passo para deixar um beijo.

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  4. Jacque,precioso tema.
    Aquí estuve ayer y esta mañana, pero Google estaba cerrado.
    Al amor hay que dejarle el camino libre, porque si se empeña, entra por el agujero de la cerradura.
    Un abrazo amiga, gracias por compartir.
    Jecego.

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  5. Oi
    Querida
    Lindo soneto
    Obrigado,por nos brindar
    Com estas maravilhas
    Bjsssss

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