terça-feira, 30 de agosto de 2011


Perfumes e Amor

A flor mimosa que abrilhanta o prado
Ao sol nascente vai pedir fulgor;
E o sol, abrindo da açucena as folhas,
Dá-lhe perfumes - e não nega amor.

Eu que não tenho, como o sol, seus raios,
Embora sinta nesta fronte ardor,
Sempre quisera ao encetar teu álbum
Dar-lhe perfumes - desejar-lhe amor.

Meu Deus! nas folhas deste livro puro
Não manche o pranto da inocência o alvor,
Mas cada canto que cair dos lábios
Traga perfumes - e murmure amor.

Aqui se junte, qual num ramo santo,
Do nardo o aroma e da camélia a cor,
E possa a virgem, percorrendo as folhas,
Sorver perfumes - respirar amor.

Encontre a bela, caprichosa sempre,
Nos ternos hinos d'infantil frescor
Entrelaçados na grinalda amiga
Doces perfumes - e celeste amor.

Talvez que diga, recordando tarde
O doce anelo do feliz cantor:
 "Meu Deus! nas folhas do meu livro d'alma
Sobram perfumes - e não falta amor!"

Casimiro de Abreu

9 comentários:

  1. Jacque..lindo poema...
    quanto tempo eu não lia Casimiro..adoro..bj

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  2. Olá amiga como está? Não conhecia o poeta, mas o poema é maravilhoso. Beijos com carinho

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  3. AMIGA JACQUE QUE VERSOS TÃO LINDOS,AMEI ESTAS RIMAS QUE FALAM DAS FLORES,PARABENS POR ESTA LINDA ESCOLHA UM ABRAÇO COM CARINHO MARLENE

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  4. Cheguei aqui ,colhi a flor ,aspirei o perfume...

    Beijo.

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  5. Qué hermosa poesía!! Y qué bonito te quedó tu blog. Un beso enorme.

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  6. Oi, Jacque! Que lindo poem, tão leve! É muito bom estar aqui.
    Um grande beijos,amiga.

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  7. Oi
    Querida
    Vim vstr voce
    Senti sua falta amiga
    Como sempre lindos poemas
    Bjs.

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  8. Excelente escolha, lindo poema.
    Bom fim de semana
    Beijinhos
    Maria

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  9. Amiga Jacque, bonito poema, y hermoso blog.
    Gracias por compartir. Jecego.

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