sexta-feira, 28 de maio de 2010


SONETO DO AMOR MAIOR

Maior amor nem mais estranho existe
Que o meu, que não sossega a coisa amada
E quando a sente alegre, fica triste
E se a vê descontente, dá risada.
E que só fica em paz se lhe resiste
O amado coração, e que se agrada
Mais da eterna aventura em que persiste
Que de uma vida mal aventurada.
Louco amor meu, que quando toca, fere
E quando fere vibra, mas prefere
Ferir a fenecer - e vive a esmo
Fiel à sua lei de cada instante
Desassombrado, doido, delirante
Numa paixão de tudo e de si mesmo.

Vinícius de Moraes

5 comentários:

  1. Uau! A imagem da fada está super delicada! Bjs

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  2. Oiê,

    Jacque, fico simplesmente facinado com seu blog... Vinicius a gente nunca cansa de ler... Beijos :)

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  3. Bello poema el que nos dejas el día de hoy.

    Saludos cordiales,

    Aída

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  4. muito lindo o q vd escreve menina... gostei do poema.....

    muito lindo tudo

    abracos

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  5. Un poema muy lindo y en un blog de Naturaleza misma.. que lindo esta tudo esto...

    Un beijo

    Juan José

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